Vivo agarrada na barra da saia da Fé
E sigo acreditando que o Amor mora comigo
Vive lá no Invisível
Ele pira, paira
chora, ri
O amor é um exílio
uma beleza, aberração
me põe em riscos de contra-mão
convida, faz honras da casa
banhos de folha
O Amor parece até que me conhece,
se espalha por toda parte.
O Amor inventa é coisa,
é todo cheio de arte.
O Amor adora uma cena.
Se finge todo novela,
enquanto me faz cinema.
O Amor não passa de um dilema,
de uma fome, um exagero, um palpite.
É o que sai das fartas tetas da Nefertite
O Amor é o caos da calma vadiando mundos
e no fundo não prende, não deixa.
O Amor é conversa fiada,
ele fala comigo em segredo,
sussurros em braile.
Me olha nos lábios,
mas sequer me beija.
Será que o Amor é dado a sonhar?
Será que o Amor sabe o quanto eu queria seus beijos severos?
... e como eu sonhava em só ser o seu Vênus!