terça-feira, 27 de outubro de 2015

Vai lacrimejar num samba, vai !

Há de haver compaixão
 para aqueles que dizem Não?

O anti- herói desgarrado da trama,
veio abraçar a escolha;
mirar no fundo do peito
 flor que nasce da lama.

E assim foi que pediu perdão
por não ser bom moço a todo momento,
no desenrolar desse enredo Vida:
da cena morte até o nascimento.

"Un coeur a fleur de peu.
Ne suffre pas, mon ami."

Digo não porque mereço,
porque como as crianças que vivem de pés no chão, eu aprecio muito mais as brincadeiras que me ascendem o corpo, me enchem de ar e inauguram em mim sempre um novo Silêncio.

Coisas como essas que sequestram toda a atenção para esse lugar onde não há certo ou errado; onde eu não preciso impressionar ninguém, nem acertar a combinação entre a blusa e o sapato; onde  não preciso agradar para ser aceito; ou dizer sim quando não estou com a verdade nisso.

Simplesmente...
- "Licença aqui, que eu só quero ser Eu."

Se isso incomoda,
vai lacrimejar num samba, vai!

domingo, 18 de outubro de 2015

In-Visível

O mundo anda cheio, inchado.
Há muitos conflitos nas fronteiras.
Há muitos perigos na rua;
ali do lado de fora,
mais dentro do que se pensa,
no vão do desconhecido.

Aqui, do lado de dentro - morada que me habita,
o mundo é só essa hora:
cenário do Invisível,
que indizivelmente
acontece.