segunda-feira, 14 de março de 2011

SABONETE DE ARGILA COM ERVAS DA CAMPINA

Aqui tem erva, aqui tem argila, aqui tem essência, tem Essência, tem cor, tem coração, tem afeto, tem pedaço de Capão; tem o que você quiser que tenha.

De repente, estou eu lá, naquele mato, tão segura da minha natureza selvagem, do quanto sou água; tão segura do quanto eu me mereço. É só conversar com o Todo desprovido de nossas invergonhas e vestimentas inúteis que a Paz chega. E foi isso que eu senti: PAZ.

Hoje, acredito que posso acreditar que o Amor tem esse cheiro. O mundo, se quiser e puder, que vá melhorar sua fedentina. Ali eu era só Paz. E cheirava!

Então, se Amor tem cheiro de Paz, a Paz tem todos os seus cheiros guardados naquele lugar.

Eis que me surge a lembrança de que mais criaturas podem combinar com aquele silêncio de mato, porque carregam esse silêncio dentro de si: preá, lagarto, pedras, cobras, fontes, formigas, quedas, crianças, lama... É um silêncio de vida.

No meio de tudo isso (e da incapacidade das palavras exprimirem o real teor do que eu senti e vi), você também fez parte do meu silêncio e dos seres que combinam com ele.

Obrigada! Ver você existir é bonito!

Profunda e levemente,

SOL.

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