domingo, 2 de outubro de 2011

1000 bytes/ hora

Era da informação, avalanches de notícias e descobertas por dia.
Eurekas e mais Eurekas e, cada vez mais, o homem sabe menos de si, cego por ter poder, por ter dinheiro, por tirar proveito de tudo a seu favor e somente a seu favor (Porque não existe mais ninguém no mundo, só ele):

- "Ah! Um dia eu morro mesmo. E daí pro que vai acontecer com o planeta?"


Em sua velocidade cotidiana a mil (bites) por hora, recebe primeiras, segundas, enésimas informações e engole todas elas sem nem mastigar. Resultado, má digestão; indigestão. Seu cérebro não se alimenta daquilo que ele mesmo produz, pois o homem já não produz; só usa cartilhas, bulas e manuais e segue as cartilhas, bulas e manuais. Anda envenenado, coitado, do estômago aos desejos. Tanto recebe e adora rótulos, embalagens e quantidades, que aprende muito de tudo, menos de si próprio.

Como eu posso querer ter netos?

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