segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Argumento Cafeínico Embromático Auto-Altruísco



Eu queria tanto que ela dissesse:
Vamos tomar um café lá em casa!
Eu queria tanto rasgar a página.
Mas, como é faz coisa dessas?
Se a poesia é assim cristalina.

Se eu pudesse eu podia
e fazia por onde...
Para que?
Para quem?
Para ontem?
Já vai longe... já passou.

O hoje é o segredo da Vida
É manifestação desatada.
É o córrego vivo.
É o bom do café.
É o pó da estrada.
É o gosto
e eu gosto.
É o gesto
e eu mostro.
E eu chamo.

Por que será que ela não vê?
Por que será que ela não vem?

Por que cargas d'água ela não fala  nada
para que eu possa sentir além?

Faço por onde para o que é hoje.
Fico parida. Parto do agora.
E o amanhã?
Esse daí não demora
e nem eu tenho pressa.

Pois esse bicho do futuro
até que não deve tardar.
Mas vai que resolve faltar...

E aí?
Vai me chamar pra tomar um café?
Pode ser na padaria.

Um comentário:

  1. Café não. Pipoca no Parque de Pituaçu balançando a perninha vendo o sol se por.
    ;)

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