quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Dona Renona - Um Fantasma em 4 de Dezembro



Dona Renona anda
aonde a onda é água
e ainda emerge em atos.

Legendas desses retratos
nos vêm lhe dar cor di nome.
Por sonhos desconhecidos:
folclores de uma pessoa.

Dona Renona rema,
navega identidades,
transborda as águas doces,
levita no colo da gravidade -
por amar (feito pluma).

Dona Renona rir-se
da pompa do seu renome.
E acha muito gozado
seu nobre não-existir.

Dona Renona anima
anônimas hemo-poesias
que as prosas de uma Maria
dilataram até sangrar.

Dona Renona nina
o soninho de Dadá -
senhorinha manga-rosa
dos prazeres e poderes.

Nas cantigas dos bem-quereres
o Bem-Amar se aprende,
se faz desprender pelo vento,
pro vento soprar-se no corpo
e este, entoar-se na voz.
A voz mergulhar numa foz
de rio escorrendo pro mar.

E o mar - que é fonte de entregas- não nega,
não queixa, se deixa, se deita e deleita
em ondas nesse lugar...

Por onde Dona Renona
ainda há de andar.





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