O que é um adulto?
É um ser que adultera-se
[SOL] é uma estrela magneticamente ativa. Orbita em torno do centro da Via Láctea, atravessando no momento a Nuvem Interestelar Local, no interior do Braço de Órion da Via Láctea. O Sol é muito brilhante, e olhar diretamente para o Sol a olho nu por curtos períodos de tempo pode ser dolorido, mas não é particularmente perigoso para olhos saudáveis e não-dilatados. ............. [LÓQUIOS] são denominados as perdas de sangue, muco e tecidos do interior do útero durante o período pós-parto.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Argumento Cafeínico Embromático Auto-Altruísco
Eu queria tanto que ela dissesse:
Vamos tomar um café lá em casa!
Eu queria tanto rasgar a página.
Mas, como é faz coisa dessas?
Se a poesia é assim cristalina.
Se eu pudesse eu podia
e fazia por onde...
Para que?
Para quem?
Para ontem?
Já vai longe... já passou.
O hoje é o segredo da Vida
É manifestação desatada.
É o córrego vivo.
É o bom do café.
É o pó da estrada.
É o gosto
e eu gosto.
É o gesto
e eu mostro.
E eu chamo.
Por que será que ela não vê?
Por que será que ela não vem?
Por que cargas d'água ela não fala nada
para que eu possa sentir além?
Faço por onde para o que é hoje.
Fico parida. Parto do agora.
E o amanhã?
Esse daí não demora
e nem eu tenho pressa.
Pois esse bicho do futuro
até que não deve tardar.
Mas vai que resolve faltar...
E aí?
Vai me chamar pra tomar um café?
Pode ser na padaria.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Dona Renona - Um Fantasma em 4 de Dezembro
Dona Renona anda
aonde a onda é água
e ainda emerge em atos.
Legendas desses retratos
nos vêm lhe dar cor di nome.
Por sonhos desconhecidos:
folclores de uma pessoa.
Dona Renona rema,
navega identidades,
transborda as águas doces,
levita no colo da gravidade -
por amar (feito pluma).
Dona Renona rir-se
da pompa do seu renome.
E acha muito gozado
seu nobre não-existir.
Dona Renona anima
anônimas hemo-poesias
que as prosas de uma Maria
dilataram até sangrar.
Dona Renona nina
o soninho de Dadá -
senhorinha manga-rosa
dos prazeres e poderes.
Nas cantigas dos bem-quereres
o Bem-Amar se aprende,
se faz desprender pelo vento,
pro vento soprar-se no corpo
e este, entoar-se na voz.
A voz mergulhar numa foz
de rio escorrendo pro mar.
E o mar - que é fonte de entregas- não nega,
não queixa, se deixa, se deita e deleita
em ondas nesse lugar...
Por onde Dona Renona
ainda há de andar.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
A vida tá aí...
Tem gente que só olha
Tem gente que lê em LIBRAS
Tem gente que ouve
(aí a música é um perigo)
Tem gente que lê em Braile
(tato pra que te quero?)
Tem gente que cheira
Tem gente que lambe
Tem gente que morde
Tem gente que assopra
Tem gente que é semiótica
Tem gente que só sente
Tem gente que se arrepia
Tem gente que chora e goza
E eu aqui só vivendo
Fingindo que sou gente.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Eu não quero mais brincar de adivinhar o que você sente
Eu não quero mais sonhar em cruzar com você por aí, de repente
Já não vejo mais graça em decifrar monossílabos avulsos
Lançados em doses homeopáticas nos delírios da internet
No oco dos bate-papos, nas trovas sem calafrios
Eu quero salitre, ferrugem, fuligem
Eu quero as pedras rolando no rio
Eu quero o musgo brotando da pedra
Ai, si si si
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Adeus, Senhora dos Sonhos
O que está para adiante não é prioridade.
O hoje é a unica coisa que me importa.
A eternidade é agora.
Perdão, amor!
Mas, é que eu preciso reciclar meus sonhos e você tem sido o sonho mais difícil de mandar ir embora.
Quando digo sonho, é sonho mesmo. Sonho para sonhar, não para concretizar. Sonho em seu gesto nobre de silêncio e inspiração, sem trocas, sem troco, sem nenhuma espécie de trâmite com a realidade.
É que eu sou desse tipo de cabeça que tem um lado que ainda permanece criança: Que sonha a acredita por compulsão. E se assim não fosse, que tipo de poeta eu seria?
Sonhar é do meu organismo, da minha fisiologia, do meu ventre... os sonhos são os pulmões da minha alma, os gametas da minha arte...
Só que é tempo de se renovar e eu quero que você saia de mim, enfim, para que eu possa oxigenar meu peito com ares novos. Não quero que você seja como aquela massa de ar residual insistente, que fica ali no fundo dos pulmões e, que se não renovada, acaba por intoxicar os alvéolos, o sangue, as vísceras, os sonhos...
Estou respirando fundo, expirando tudo...
Já deu tempo de você Ser o suficiente. Agora a porta está aberta. E eu, que achava o tempo inteiro que era para você entrar, me dei conta que a porta está aberta mesmo é para você sair. Por isso que eu precisava quebrar o silêncio e o fiz, praticamente, por acidente, mas fiz. Então, vou transformar o barulho em coisa útil.
E digo em bom som:
Vai, criatura!
Viva!
Fora de mim seu lar vai ser muito mais seu e eu vou poder viver tantas outras magias, que não essas dos teus feitiços.
É hora de eu me despir sem preocupações com platéias; é tempo de eu ser música, de eu ser fera, de eu ser minha... de eu Ser só minha.
Vai, porque eu não preciso mais que você me inspire ou faça parte dos meus delírios. Já te inspirei como um gás de lisergia; já fiquei inspirada demais. Agora, estou respirando fundo, expirando tudo. Quero respirar o Silêncio para me inspirar do Nada Absoluto. Quero liquidar as personificações e dar ao Amor o nome próprio de "Eu", com toda propriedade.
Vai, que eu já aprendi o suficiente.
Vai, e não precisa se fingir cega, surda ou muda. Mas, se isso é mais confortável, faça como preferir.
Vai, sem fazer de conta que você não sabe dizer Não.
Pois, o Não é a cor natural do Sim que você pinta; o seu Sim em Preto-e-Branco de um Não-Tão-Colorido.
Eu sei ouvir e ver tudo, embora não tenha conseguido falar nada.
Talvez, porque falar seja a coisa mais prescindível.
Vai!
Porque eu estou livre.
Vai!
É assim que eu quero que você permaneça: Voando!
Só que agora, fora dos meus pulmões...
Tudo o que eu achava que era você dentro de mim, era Eu o tempo todo.
Obrigada por me refletir!
Agora você já pode ir.
A porta de saída é a serventia da casa. Adeus, Senhora dos Sonhos!
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