quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sou Fé; Soul Far






Aos meus amigos e amores:
Estou indo ali, regar a raíz!

Volto logo, sem demora
É só o tempo de inspirar
Transpirar, cuidar de si

Desaguar, aguar o árido
Amar, ser, doar, doer
Aprender, plantar, colher
do pálido a pétala em cor

Chegou a hora!
Voltar pro Norte.
 Mas, lá não tem rosinha-linda
Flor-do-sertão que me espere
ao pé da porta, em prosa íntima
em voz bem mansa ouvindo a sorte

 Lá sou só eu,
mesma sem mim
com meu Silêncio:
Tudo o que tenho.

Lá já não sei
quem são meus nomes.
Nem se minhas falhas dão em aplausos
como nos palcos por onde andei.

E eu bem sei, deixei minhas peles
Me arranquei, perdi cabelos
Me descasquei, criei meus calos,
Calores raros eu desfrutei.

É lá se vai o Tempo andando
como quem quer tudo o que pode.

Lá é o onde aonde o chão
delira em febre, em fé, em pó,
e a plantação dando o quinhão
pra lá do não, além da vagem

E quem me dera chovesse e a margem
do rio chorasse. Mas, pobre rio!
Nem mais rir ousa,
porém quem sabe,
navegue a voz da moça pro mar.

Sou fé.
Soul far.

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