sábado, 14 de julho de 2012

Não quero mão.
Não quero não.
Só quero chão.
Ficar são.

 Razão? Não! Reflexão.

 Em vão busco fórmulas. Há?!
 O que houver, há de ser. O que É, é e pronto.
Fico tonto. Trocho, bambo e morto.

 Sou quem dá o amor como caso perdido.
Na visão de quem perde tudo e tem dom de perder.
Porque perder é o melhor caminho para achar o Nada.
O precioso Nada, o abismo do infinito.

 Não quero romeus, nem julietas.
 Antes a cicuta desse amor dito divino,
do qual deus nenhum me ouve as preces.
 E não há sincretismo que resolva.

Nasci pra ser bicho, pra ser velha, pra ser bruta,
pra ser loba, pra ser fora de moda,
pra ser uma mulher velha do interior
que convive com as próprias frustrações
 sem saber lidar com elas.

Sou quem deixa o amor partir
 por falta de diplomacia nas relações humanas,
 ou por não ter talento para telenovelas.

 Sou candidata a ver discos voadores, mas nunca vejo.
 Aprendi as indelicadezas. Sou fria. Sou feia. Sou tosca.
 Sou vesga. Sou "um nada", como certa feita disse minha amada.

Um comentário:

  1. Pôxa Sol...Que lindo, me identifiquei com o que escrevestes, não como escreves, mas também escreves de uma forma linda, se torna uma canção na boca os teus textos. Obrigada por me fazer feliz!!!
    Uma linda noite a ti!
    Beijo.

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